Dra. Paloma Kellem Teixeira do Nascimento

menopausa

Os hormônios sexuais desempenham papéis fundamentais na saúde, participando no controle do humor, do metabolismo, do apetite e da reprodução. Nas mulheres, geralmente após os 40 anos, começa a haver uma redução na produção, o que leva a alguns sintomas que vamos falar detalhadamente nesse artigo.

Não. Climatério é a fase de transição da mulher do período reprodutivo para o não reprodutivo. Consiste numa fase que pode iniciar até 10 anos antes da menopausa, onde se iniciam alterações hormonais, com diminuição da produção do estradiol, progesterona e testosterona, principalmente.

Essas alterações não ocorrem numa maneira padrão, apresentando diferentes sinais e sintomas nas mulheres, que podem ser muito sintomáticas ou não sentir nenhum deles. Ao se aproximar mais da menopausa, a diminuição e oscilação da produção hormonal costuma levar a mudanças no ciclo menstrual, com aumento do período entre os ciclos e, por vezes, sangramentos pontuais.

A menopausa é um marco, uma data. É a data da última menstruação. Porém é um diagnóstico retroativo, já que é necessário aguardar 1 ano sem ciclos menstruais para poder afirmar que foi a última menstruação. Segue-se então para a pós-menopausa.

A nutrologia pode auxiliar no Climatério e pós menopausa de diversas formas. A Dra Paloma Nascimento utiliza a Nutrologia e a medicina integrativa, avaliando e tratando tanto os desequilíbrios hormonais que ocorrem nessa fase, quanto todas as outras desordens que possam estar ocorrendo no organismo: distúrbios do sono, saúde intestinal, deficiências nutricionais, baixa produção de energia e inflamação.

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No Brasil, a faixa etária mais comum de ocorrer a menopausa na mulher é entre os 48 e 52 anos, mas pode ser mais abrangente, entre 45 e 55 anos. Esse seria a faixa de idade considerada ideal, quando acontece o declínio natural dos hormônios reprodutivos. 

Porém existem outras situações, em que a menopausa ocorre mais cedo e pode ou não ser ocasionada por intervenção médica.

Já a menopausa precoce é caracterizada por parada dos ciclos menstruais antes dos 40 anos. As causas podem ser desde genéticas a exposição a quimioterápicos, doenças autoimunes e procedimentos cirúrgicos, como histerectomia total e procedimentos para endometriose em ovários. 

Os principais hormônios envolvidos no processo da menopausa são: estradiol, progesterona e testosterona. Cada um tem uma função importante e fundamental no bom funcionamento do organismo.

  • Progesterona – atua sobre a estabilidade do sono, o humor e labilidade emocional. Equilíbrio hídrico (controle da retenção de líquido). Proteção do endométrio e tecido mamário.
  • Estradiol –  saúde óssea e muscular, regulação do humor e da saúde dos neurônios, Distribuição da gordura corporal, manutenção do colágeno, lubrificação vaginal e interesse por sexo.
  • Testosterona – libido, memória e cognição, energia, disposição, autoestima, saúde óssea, muscular e cardíaca.
  • Ganho de peso -Principalmente na região abdominal, com aumento da gordura visceral.
  • Ansiedade/ depressão – muito comum começarem a usar ansiolíticos e antidepressivos
  • Fogachos –  os famosos calorões. Podem ocorrer em qualquer momento do dia mas bem comum a noite. Muitas vezes acompanhado de uma sudorese abundante e episodio de ansiedade.
  • Ressecamento vaginal
  • Queda da libido
  • Dificuldade de perder peso
  • Inflamação subclínica – dores no corpo, retenção de liquido
  • Sistema digestivo – náuseas, gases, diarreia, constipação intestinal .
  • Saúde mental – brain fog (confusão mental), mudanças de humor repentinas, choro fácil, irritabilidade, aumento do risco de demência e Alzeheimer
  • Sistema genitourinário – infecções urinarias / candidíase, dor na relação sexual, coceira vaginal, incontinência urinaria, dor ao urinar, aumento da frequência urinária
  • Cansaço
  • Apatia/ desânimo
  • Cabelos e pele – queda de cabelo, cabelos secos, ressecamento da pele, coceira na pele, envelhecimento precoce da pele, pele fina e frágil, cabelo branco precoce.
  • Sarcopenia – perda de massa muscular
  • Insônia – dificuldade de iniciar e/ou manter o sono
  • Perda de massa óssea/ osteoporose
  • Dores musculares
  • Dores articulares
  • Pressão alta
  • Aumento do colesterol
  • Olhos – ressecamento ocular, dificuldade de focar a visão, sensibilidade à luz
  • Queda do sistema imunológico – aumento do risco de infecções e de  doenças autoimunes
  • Diminuição do olfato
  • Diminuição do paladar
  • Aumento da sensibilidade ao cheiro
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Alguns exames deveriam ser incluídos na rotina laboratorial da mulher, como: FSH, estradiol, progesterona, testosterona total e livre, SDHEA e SHBG.

Quando começam as alterações hormonais do climatério o primeiro que sofre alteração com aumentos graduais é o FSH. A variação nos níveis de testosterona, estradiol e progesterona variam muito de mulher para mulher.

FSH >30 já é um nível de menopausa. Lógico que devemos associar com a clinica e regularidade menstrual da paciente.

Exame adicional que pode ser útil é a ultrassom transvaginal para avaliação da morfologia dos ovários, se já apresentam sinais de atrofia.

Pode ser dividido em dois momentos:

No Climatério, os hormônios que tendem a diminuir mais são a progesterona e a testosterona. Por isso os sintomas mais apresentados nessa fase são ligados ao humor, sono, fadiga, depressão, baixa libido e irregularidade menstrual (com cólicas, aumento do sangramento, presença de coágulos e doenças miomatosas). Ao se aproximar da menopausa, também inicia a queda do estradiol.

Alguns fitoterápicos podem ser uteis nessa fase, como a Rhodiola Rosea, feno grego, maca peruana. Esses são o que chamamos de adaptogenos, que ajudam a regular e equilibrar os hormônios produzidos.

A depender dos casos, principalmente do grau da deficiência e sintomas, é necessário fazer a reposição do hormônio, de preferência com a forma bioidêntica.

Após a menopausa os ovários não são mais funcionantes, e com isso não é apenas oscilação hormonal mais sim uma queda grotesca da sua produção. Nessa fase o estradiol também decai bastante, sendo responsável pelos sintomas que mais incomodam na menopausa, como os fogachos.

Nessa fase outros fitoterápicos podem ser usados para alívio dos sintomas, com o óleo de prímula. Porém a terapia de reposição hormonal deve ser avaliada, pois traz benefícios à saúde que vão além do alívio dos sintomas.

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  • Melhora dos fogachos
  • Melhora da insônia
  • Melhor função cognitiva e memória
  • Melhor saúde osteomuscular
  • Melhora da fadiga e gosto por fazer as atividades diárias
  • Melhora da pele e cabelos
  • Melhora do perfil lipídico e redução do risco cardiovascular
  • Proteção contra neurodegeneração e doenças como demências e Alzeheimer
  • Diminuição da fome, ajudando na perda de peso.

Durante a TRH, nas pacientes que ainda possuem útero, é possível haver episódios de sangramento vaginal, principalmente no período de adaptação dos primeiros 6 meses.

Aumento transitório e sensibilidade das mamas e edema em membros inferiores também pode ocorrer.

Quanto a riscos, se misturam com as dúvidas que mais cercam a TRH, como:

– Não. Pelo contrario ajuda na perda de peso, por mecanismos como redução da resistência insulínica, redução da fome, manutenção/ aumento da massa muscular e melhora da ansiedade e compulsão alimentar.

A terapia hormonal não aumenta significativamente o risco de câncer de mama; só deve ser evitada no caso de lesão suspeita, histórico pessoal ou avaliada se houver predisposição genética.

No climatério, sim! Mas na pós-menopausa não há mais ovulação então de maneira natural, não seria possível. Apenas por fertilização e com óvulos guardados anteriormente.

O risco de trombose é bem pequeno visto que há uma melhora do perfil cardiovascular.

Para avaliação das condições prévias ao início da reposição hormonal é importante realizar ou ter exames recente de: Ultrassom transvaginal, colposcopia/citologia oncótica, mamografia/ ultrassom de mamas, além da rotina laboratorial dos hormônios.

ATENÇÃO!

Contraindicação absoluta – câncer ativo / em tratamento, lesões com necessidade de investigação

A avaliação da possibilidade de TRH deve sempre ser feita de maneira individualizada.

De preferência a terapia de reposição hormonal deve utilizar os hormônios bioidênticos. Eles são produzidos de forma natural, utilizando materiais cujas bases são plantas e apresentam exatamente a mesma composição e estrutura química dos hormônios produzidos pelo nosso organismo.

Esses hormônios são processados ​​em uma dose prescrita de forma personalizada com as necessidades da paciente, e devem formulados por uma farmácia de manipulação especializada. No corpo esses hormônios são aceitos e metabolizados igualmente como os hormônios produzidos pelo próprio organismo, diminuindo assim os efeitos colaterais.

No mercado farmacêutico há a opção de hormônios sintéticos para reposição, porém eles são fármacos alterados quimicamente, não são idênticos aos produzidos pelo corpo e, consequentemente, não metabolizam da mesma forma. Assim os riscos e efeitos colaterais aumentam com a utilização desse tipo de TRH.

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Transdérmico – formulação em creme para aplicação diária.  Importante estar alerta quanto a contaminação cruzada (de outra pessoa) pois a aplicação é na pele.

Implante subcutâneo– através de pellets hormonais absorvíveis que são colocados no tecido subcutâneo em procedimento simples, realizado em consultório, com duração de 5-6 meses. Utiliza doses mais baixas, mantem níveis dos hormônios mais equilibrados e fornece uma taxa de adesão ao tratamento de 100%.

**Reposição por via oral com hormônios sintéticos não é indicada, pois a substancia será metabolizada pelo fígado, o que não é seguro e pode aumentar o risco de tromboembolismo.

A reposição hormonal por via injetável nas mulheres fica restrita a casos muito específicos, como sarcopenia grave e osteoporose, mas sempre de maneira individualizada.

A terapia de reposição hormonal deve ser realizada por médico e ter um acompanhamento continuo, independentemente da via escolhida para tratamento.

Alimentação – uma dieta equilibrada, com boa quantidade de proteínas de qualidade, redução de açúcares e carboidratos simples.

Regulação do sono – fundamental uma rotina de sono de qualidade para manutenção dos níveis hormonais em equilíbrio, incluindo melatonina, cortisol e insulina.

Atividade física – favorecer exercícios de resistência, visando manutenção da massa muscular, da saúde óssea e das articulações.

Suplementação – alguns suplementos são quase obrigatórios para essa fase: Coenzima Q10, creatina, magnésio, vitamina D com K2Mk7 e ômega 3 são alguns deles.

A menopausa não precisa ser sinônimo de sofrimento. Converse com seu médico e relate os seus sintomas.

Fonte:

https://www.febrasgo.org.br/pt/noticias/item/1748-terapia-hormonal-e-uma-opcao-para-aliviar-os-sintomas-da-menopausa

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